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Outubro Rosa


Hoje vamos contar a história da Vanessa Naylee - pastora, esposa, mãe, atuante na causa dos raros e assistente social. Ou melhor, ela mesma vai nos contar. Acompanhe abaixo essa linda e forte história de vida e esperança.


"Descobri o câncer de mama devido devido ao convite para ministrar em uma igreja no culto de Mulheres para falar sobre o autocuidado em relação ao câncer de mama. Ao fazer o exame de mama em mim percebi 3 três pequenos nódulos como se fossem grãos de arroz na mama esquerda. Procurei o mastologista, ele solicitou uma mamografia e uma ultrassonografia, durante o exame, o médico me orientou que eu precisava fazer uma biópsia daqueles pequenos nódulos.


Voltei para o mastologista para mostrar os exames e fui encaminhada para a biópsia. Começou um caminho árduo na descoberta do diagnóstico, foram necessárias 3 biópsias sendo uma cirúrgica para a conclusão do diagnóstico.

Quando recebi o diagnóstico final, com o resultado que era câncer de mama. Deus derramou uma fé grandiosa no meu coração que daria tudo certo, que seria uma tratamento de êxito.


Iniciei o tratamento com o ciclo da quimioterapia "vermelha" porém a minha fé foi testada mais uma vez. A quimioterapia "vermelha" não fez o efeito desejado e o tumor não respondeu ao tratamento. Portanto fui informada que o tratamento seria cirúrgico, naquele momento realizei uma mastectomia radical com esvaziamento axilar de urgência. A cirurgia ocorreu bem sem nenhuma intercorrência. Glorifico a Deus por me revestir de força e fortalecer a minha fé! Logo após a cirurgia dei continuidade aos ciclos da quimioterapia "branca" que foram 12 ciclos , realizei 17 sessões de radioterapia, diversas de sessões de fisioterapia, hormonioterapia oral e imunoterapia.


Em novembro de 2021 foi solicitado pelo o meu oncologista para que eu fizesse uma ablação ovariana, ou seja, radioterapia nos ovários, devido o tumor que retirei ser de caráter hormonal, pois foi necessário esse procedimento como uma forma de profilaxia para o tratamento do câncer de mama. Hoje sigo fazendo acompanhamento com o oncologista, fazendo exames de rotina e hormonioterapia.


Receber um diagnóstico não é uma sentença, é ressignificar o valor da vida.

Durante essa caminhada conheci verdadeiros anjos que usam jalecos, quero agradecer o Instituto do Câncer do Ceará da Rede ICC, pelo o acolhimento e tratamento dos pacientes oncológicos com excelência.

Além desta história, chamo a atenção que desde a infância desenvolvemos o ato de cuidar do próximo. Cresci na expectativa de ter a minha família, os meus filhos e consequentemente, cuidar deles. Realizei o sonho de formar minha família e tive dois filhos, uma menina e um menino e este foi diagnosticado com distrofia muscular de duchenne. Vivi um "luto" pelo diagnóstico, desconhecimento médico, preconceitos. Sofri como mãe de um menino com uma doença rara pela cobrança que se cria sobre a "mulher maravilha", ou seja, a mulher que tem que dar conta de tudo, cuidar dos filhos e nunca falhar, suportar tudo e nunca tirar um tempo para si ou entender seus próprios limites. Passamos a “correr tanto”, a se preocupar tanto, que esquecemos de nós.


Deixo um conselho para mães, mulheres, em especial de crianças ou adultos com doenças raras, olhem para vocês. Quem não tira um tempo para cuidar de si, da sua saúde, poderá achar este tempo de uma forma dura. Cuidem-se hoje para manterem a possibilidade de cuidarem dos seus amanhãs, daqueles que demandam o seu cuidado também.

Deus e os seus sinais, demonstrando que cuida de seus filhos de uma forma detalhista e individual. Em todo tempo eu senti o cuidado do Criador comigo.


Em dias de luta e de glória, Deus está presente em todos."




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